Neste exato momento que escrevo o post toca no player Chico, ele diz "não se afobe, não... que nada é pra já, o amor não tem pressa ele pode esperar", este mesmo verso ecoa teimoso na minha mente a dias, primeiro, num tom de alento e, hoje, desesperança. O amor negado no presente e prometido para futuro é o que diz em "futuros amantes quisá se amarão o amor que um dia deixei pra você". Quisá, talvez, quem sabe, se Deus quizer...
O perigo do engano, desse amor que fica pra depois, e a incerteza desse depois não me agrada mais, muito menos a espera de que vida seja realizada, em um futuro que se torna um presente inverso do desejado ou que nunca se torna. Essa impossibilidade do agora é o que me aflige, afoba mesmo.
O que a gente perde esperando os escafandristas, os sábios, milênios, milênios? O quanto a gente não preenche em nós mesmos esperando esse futuro amor? Melhor dizendo, o quanto é perdido de si na espera? Esperar parece um estado estático que cansa. Vida ociosa tende a deixar de ser vida.
O que a gente perde esperando os escafandristas, os sábios, milênios, milênios? O quanto a gente não preenche em nós mesmos esperando esse futuro amor? Melhor dizendo, o quanto é perdido de si na espera? Esperar parece um estado estático que cansa. Vida ociosa tende a deixar de ser vida.
O meu medo, o maior deles, é de perder o presente, de me perder, olhando pro lado errado, de esvair a vida mais certa de acontecer que é a de agora, a deste momento que escrevo, que emprego significado aos acontecimentos, que planejo a melhor estratégia, o único em que tenho a certeza exite e que eu existo.
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