terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Feliz ano novo

Ano novo bate na porta, e antes de ir, quero me desfazer de muita coisa. Todo o desdém, a insegurança, as coisas toscas, as pretensões heróicas, as (pseudo)fugas cotidianas, e muita quinquilharia eu quero deixar pra trás. De tudo isso que me atrasou, que me vendou os olhos e tapou a boca eu quero estar livre.
Em contrapartida, a você meu amor, eu quero me agarrar. Porque você me fez conhecer o mundo do alto, me levou a mais alta estrela para admirar os mistérios que envolvem este mundo. Fez-me ser livre, ignorando minhas convicções, visões, princípios e valores. Foste tu que mostraste que não há liberdade maior que uma vida com amor.

Cartas

Estas são as cartas que eu não tive coragem de te mandar. Mas elas são suas, surgiram quando você, meu amor, me invadia. Quando, sem cerimônia,desaguou na minha vida e levou-me de mim mesma revelando quem sou.

domingo, 22 de novembro de 2009

Carta a um amigo e uma certeza.

O meu egocentrismo não foi suficiente para sustentar toda minha idiotice, tantas foram bobagens que eu já lhe disse e defendi que me envergonho enormemente. Sim, este é um mecanismo de “dar uma volta” no meu ego, fazendo-me de arrependida. Dito isso, sinceramente, é certo que o superego está ligado eu estou aprendendo com os próprios erros. Sendo assim, que tipo de gente eu seria sem aprender com meus erros? O que eu seria, caso acreditasse piamente que tudo que faço é certo?

Não, eu não acho que o sentimento de culpa é agradável, e nem me agrada o papel de mártir que possa estar vestindo. Tento da forma mais franca possível e menos heróica dizer apenas que eu errei, e continuarei errando. Mas não se esqueça meu amigo, que agora você me vê crescer. Erros muito parecidos eu já cometi, isso pode significar que superar essa barreira seja mais fácil, mas muito pelo contrário porque me deparo com um aprendizado incompleto. Graças a Deus a vida me permite neste momento tapar os buracos, e agora estarei mais atenta para fazer direito.

Por fim, desculpa. Uma pessoa que age de forma tosca é como uma mosca que a todo o momento insiste em pousar no seu nariz. Eu sei que fui tosca. O aprendizado novo dessa vez é que agora eu sei o que é sentir-se livre do peso do próprio julgamento. Isso escrevo para dizer que sei das minhas falhas e não me envergonho de ser humana.

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Carta a um amigo e poucas certezas

Bom, eu sei bem que as coisas mudam, que vem e vão. No embalo da sua vida, a qual eu não participo mais, você está indo e eu ficando. Eu não sabia que amigos ficavam para trás. Ai então em paro pra pensar se éramos mesmo amigos? Se havia algum laço verdadeiro? Ou se foi tudo ilusão? Isso eu ainda não sei.

Eu sei que sinto saudade das conversas jogadas fora, das risadas, das brincadeiras, dos gostos em comum, dos trabalhos escolares que fizemos juntos, do tempo em que tinha você do meu lado e de quando eu acreditava ter um amigo. Não entenda como uma cobrança, é só um desabafo.

Já me ocorreu situação parecida, e eu deixei correr pelas mãos outra amizade, mas eu tinha você. A pergunta que me faço agora é: e agora? Você também me escapou...

Se o que aconteceu tem volta, ou não, eu aprendi a lição. Daqui pra frente vou-me agarrar ao pouco que trago, as poucas coisas que sei. Como num ato desesperado de não querer perder nada, agarrei meus amigos com fúria, fervor e amor. E se me magoarem eu os perdoarei, se forem embora eu vou junto, caso se esqueçam de mim eu os lembrarei.

Saber agora que o futuro não é mais como era antigamente me motiva. Nada que eu queira fugirá de mim. O que se foi não me importa mais. O que desejo pra mim, eu quero pra você do mesmo modo.

Original de 28 de agosto de 2008

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Muitas palavras

Eu já tive muitas palavras para dizer sobre pouco, eu já soube argumentar de maneira voraz. Mas esse tempo passou.

Hoje eu vivo a liberdade de não ter que dizer nada.

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Divã

Houve um tempo que eu não era muito feliz. O motivo: orgulho e mania de perfeição. Meu senso moral determinava os limites do certo e do errado, do bonito e do feio, do perfeito e do imperfeito. Acontece que nestes meus padrões não estava o mundo enquadrado e nem eu mesma. Pode parecer até engraçado, mas era assim mesmo.

Meu orgulho exigia que fosse semi-deusa, uma faz-tudo, e até que carregasse o mundo nas costas. Não é preciso dizer que isto não é possível e que não me levou a outro caminho senão o da depressão. Tornei-me insatisfeita com as pessoas, como o que o mundo se tornou e principalmente comigo mesma, alias esta última foi o principal e mais insuportável descontentamento.

Estive por um fio. Não muito fácil rememorar esta época, e eu ainda não a superei por completo, é um fato. De forma inexplicável e fazendo muita força para melhorar pouco eu estou superando. Não fui a médicos, não tomei remédios – eu sei que isso não é o recomendado.

domingo, 8 de março de 2009

O ato

Escrever? O que é escrever? Escrever é disser o que não sabes, é abrir-se de forma sincera, de um jeito a se surpreender. É parar em um momento um segundo, é descrever o silêncio, é descrever a confusão. É conversar, é tentar emocionar, chocar, encontrar-se com alguem. É contar de si ao desconhecido. É revelar-se mais um ser humano, mais um na multidão, na população. É ser pretensioso no mergulhar na alma, ser humilde ao nadar. Escrever se confundi com conhecer-se, em cada palavra que registro conseqüentemente esta presente minha marca, minha assinatura, meu momento.

domingo, 25 de janeiro de 2009

não pergunte pra mim !

sei lá porque, sei la pra que, por que, porquê, por quê. IDONTKNOW!
sei que sou teimosa, ah isso eu sou.