sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Carta a um amigo e poucas certezas

Bom, eu sei bem que as coisas mudam, que vem e vão. No embalo da sua vida, a qual eu não participo mais, você está indo e eu ficando. Eu não sabia que amigos ficavam para trás. Ai então em paro pra pensar se éramos mesmo amigos? Se havia algum laço verdadeiro? Ou se foi tudo ilusão? Isso eu ainda não sei.

Eu sei que sinto saudade das conversas jogadas fora, das risadas, das brincadeiras, dos gostos em comum, dos trabalhos escolares que fizemos juntos, do tempo em que tinha você do meu lado e de quando eu acreditava ter um amigo. Não entenda como uma cobrança, é só um desabafo.

Já me ocorreu situação parecida, e eu deixei correr pelas mãos outra amizade, mas eu tinha você. A pergunta que me faço agora é: e agora? Você também me escapou...

Se o que aconteceu tem volta, ou não, eu aprendi a lição. Daqui pra frente vou-me agarrar ao pouco que trago, as poucas coisas que sei. Como num ato desesperado de não querer perder nada, agarrei meus amigos com fúria, fervor e amor. E se me magoarem eu os perdoarei, se forem embora eu vou junto, caso se esqueçam de mim eu os lembrarei.

Saber agora que o futuro não é mais como era antigamente me motiva. Nada que eu queira fugirá de mim. O que se foi não me importa mais. O que desejo pra mim, eu quero pra você do mesmo modo.

Original de 28 de agosto de 2008

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