terça-feira, 27 de setembro de 2011

Tudo vale a pena

“Nós somos do tamanho dos nossos sonhos.Há,em cada ser humano,um sebastianista louco,vislumbrando o Quinto Império;um navegador ancorado no cais, a idealizar ‘mares nunca dantes navegados’;e um obscuro D. Quixote de alma grande que,mesmo amesquinhado pelo atrito da hora áspera do presente,investe contra seus inimigos intemporais:o derrotismo,a indiferença e o tédio.

Sufocado pelo peso de todos os determinismos e pela dura rotina do pão-nosso-de-cada-dia,há em cada homem um sentido épico da existência,que se recusa a morrer,mesmo banalizado,manipulado pelos veículos de massa e domesticado pela vida moderna.

É preciso agora resgatar esse idealista que ocultamente somos,mesmo que D. Sebastião não volte,ainda que nossos barcos não cheguem a parte alguma,apesar de não existirem sequer moinhos de vento.
Senão teremos matado definitivamente o santo e o louco,que são o melhor de nós mesmos,senão teremos abdicado dos sonhos da infância e do fogo da juventude;senão teremos demitido nossas esperanças.

Utopias?Talvez sonhos irrealizáveis de algum poeta menor,mas convicto de que nada vale a pena,se a alma é mesquinha e pequena”

"Tudo vale a pena se a alma não é pequena""

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