sábado, 22 de maio de 2010

uma pilulasinha que fosse

Já é noite e o que sinto não se descreve a não pela palavra vazio, solidão. Estou desnorteada. Sei lá o que acontece comigo, que me deixa assim. Estou tentando para de fazer as coisas por conta de um vicio ou mania, eu quero pensar e refletir sobre minhas ações. Não sei por que eu estava tão bem e agora eu tenho que me sentir assim. Se pudesse dormir e sonhar com as resposta de todos meus problemas, ou se houvesse uma pilulasinha que fosse que diluísse este desanimo, mas que garantisse algo durável, sem tantas oscilações como me foi o amor.

Observo que toda a minha teorização da vida não tivesse nenhuma, repito enfaticamente, NENHUMA ligação com a realidade. Não sou quem penso que sou, não ajo como penso que deveria, as coisas não são como penso que são.

E eu volto o mesmo sempre, novamente, mais uma vez: a sensação de ter deixado uma marca negativa em alguém, especialmente, pelo qual nutro especificamente o mais e melhor sentimento da minha vida, terá algum tipo de relação ou apenas coincidência não sei. O que é que eu faço para estar aberta e segura de mim para os outros, como demonstrar o que sinto de verdade, como nutri uma relação saudável, como ser o meu melhor, como ser mais positiva, assertiva ?

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Evasão

Sou um evadido.
Logo que nasci
Fecharam-me em mim,
Ah, mas eu fugi.
Se a gente se cansa
Do mesmo lugar,
Do mesmo ser
Por que não se cansar?
Minha alma procura-me
Mas eu ando a monte,
Oxalá que ela
Nunca me encontre.
Ser um é cadeia,
Ser eu não é ser.
Viverei fugindo
Mas vivo a valer.


Fernando Pessoa